segunda-feira, 7 de janeiro de 2013


Por estas linhas me perco.
Por este património deserto.
Por este vento deserto
Que te afasta de perto.
As linhas
não são minhas.
São as linhas que queria que reconhecesses como tuas.
São espaços vazios de palavras cruas
Ocas, distantes e nuas.

As palavras não são nada até que tu as entendas.
As palavras são buracos nas fazendas.
São ainda menos do que lendas.

E eu...
que ao pé de ti tão poucas palavras sou.

Não me logro a tal.

Tu és a palavra que nunca escrevi,
mas que no fundo
sei que existe.
És a palavra de alguém
que de alguém tem pouco
e de tudo tem muito.
E de nada desiste.


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